Houve um momento que, quase todos, desacreditaram do Rio.
O desemprego, a corrupção e a insegurança campeavam à solta. O populismo exacerbado muito prometia, pouco entregava e resolvia a questão dobrando a promessa.
Avenidas no subúrbio eram margeadas por fábricas fechadas, depredadas. As instituições desmoralizadas, inertes. Os empresários e jovens talentosos abandonavam o Rio. O crime organizado estabelecia seus domínios territoriais. E cada dia acordávamos pior.
Alguns poucos, enfim, formaram um pequeno núcleo de cariocas, de nascimento ou de adoção, que recusaram aceitar esta tendência como o destino da sua cidade. E começaram a analisar os problemas, chamar especialistas, propor soluções e encontrar caminhos para sua implantação.
Os trabalhos eram ambiciosos: na economia, no desenvolvimento de negócios, criatividade, inovação, área social, ensino, saúde, serviços públicos, segurança, mobilidade urbana, saneamento, megalópole e região metropolitana e outros segmentos. Via os canais públicos e privados.
Talvez ninguém tenha representado melhor o espírito catalizador desse movimento do que André Urani.
Credenciado pela sua vida pregressa na Academia e também no Governo, André esteve participando em todas iniciativas relevantes, sempre com destaque e deixando sua marca de competência e crença que os homens constroem o seu futuro com trabalho e perseverança.
Atuando fundamentalmente no IETS, mas também na Light, na Associação Comercial do Rio de Janeiro em inúmeras comissões públicas e ONGs seu legado de realizações, publicações, entrevistas e animações é inigualável. Tudo com muita pressa e objetividade como se pressentisse que sua presença entre nós não seria tão permanente quanto o seu legado será.
Lembranças do querido amigo!