André Urani

Jailson para André

Antes de tudo, não posso deixar de agradecer ao Manuel pela oportunidade de celebrar esse nosso ser tão amado que é o André. Há pessoas que partem e delas temos lembranças. Elas ficaram no passado, estão guardados no seu devido lugar. Há pessoas que partem e viram memória, continuam encarnadas em nossa mente, nossos corações, nossos afetos. Elas são mantidas vivas, atualizadas e continuamente percebidas. Esse é o André em mim, em Eliana, em tantos amigos que ele alimentou com sua energia.

Nesse momento de tanta intolerância com as diferenças, com os outros, no país, impossível não se fazer presente a engenhosidade do André, seu desejo de estimular a muvuca na cidade, transformar em gestos criativos o encontro dos diferentes. Impossível não me emocionar, em momento de tanto fechamento para o que pensa diferente, com sua imensa capacidade de acolhimento, seu otimismo implacável e sua crença no ser humano, especialmente o carioca. Sua crença permanece, nos permite olhar para a cidade, para o Brasil e manter a utopia da vida plena, pois temos vivo memória, no imaginário e nas nossas práticas cotidianas, um André sempre alegre e emocionadamente presente.

Um brinde a você, meu irmão.